quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Desenvolvimento econômico no Japão

1. Japão
1.1 Contexto econômico e histórico
Logo após o término da Segunda Guerra Mundial o Japão foi ocupado pelas tropas americanas e o estado democrático foi instituído e o Japão foi obrigado a se desmilitarizar. Contudo, o período após a Segunda Guerra também é marcado por um forte crescimento econômico, com um modelo de inspiração keynesiana, a forte intervenção do Estado gerou um crescimento médio da ordem dos 10% ao ano.
            O crescimento econômico do Japão se deve em grande parte ao crescimento do setor industrial, com o financiamento dos Estados Unidos e uma política de superávits na balança comercial o Japão conseguiu crescimento econômico mas com baixa eficiência. Por ser um país com poucos recursos naturais, o alto preço das commodities gerou um processo inflacionário ao longo dos anos 50, para lidar com esse problema o foco passa para o aumento da produtividade, ganhos de escala que possibilitem o aumento da oferta e a baixa dos preços, assim o Japão ganha competitividade internacional com produtos de alta tecnologia.
            Nos anos 70, o Japão já era um economia desenvolvida mas fortemente dependente de importações de commodities, o petróleo sendo um deles, o Japão  importa 99,7% do petróleo que consome. Durante o choque do petróleo, o Japão vivenciou um período de stagflação, como resposta a esse problema, o governo japonês iniciou uma política de expansão fiscal para manter o nível de produto. Essas são as raízes do grande endividamento japonês que ultrapassa 200% do PIB.

            Durante os anos 80, devido à expansão do crédito, grande parte do capital foi destinado à especulação imobiliária. O processo econômico que leva ao estouro da bolha é o sobre endividamento, quando os agentes em grande escala decidem formar poupança para pagar o débitos o sistema financeiro deixa de alocar recurso entre tomadores de empréstimo e emprestadores, consequentemente o preço dos ativos caem e uma deflação piora a posição dos que tem débito a pagar, inibindo o investimento. Devido a esse processo o Japão nos anos 90 teve uma média de crescimento muito baixa, e até negativa em alguns anos. Só recentemente o governo decidiu fazer políticas monetárias e fiscais expansionistas para alavancar o crescimento da economia japonesa novamente.

Desenvolvimento econômico no Chile

1. Chile
1.1 Breve contexto econômico
O Chile tem sua economia orientada para a o comércio exterior, chegando a cerca de um terço do PIB ser representado pelas exportações. Além disso, algumas matérias-primas, como o cobre, desempenham um fundamental nas receitas governamentais. Durante o período de 2003 a 2012 a taxa de crescimento do PIB chileno obteve uma média em torno dos 5% ao ano, com exceção do ano de 2009 onde ocorreu uma pequena contração devido a crise econômica mundial. Os bons resultados no crescimento do PIB, em boa parte, podem ser explicados pelos vários acordos comerciais assinados com os Estados Unidos e outros vários países que se tornaram fortes parceiros comerciais. O governo chileno exerce um papel fundamental para a manutenção das taxas de crescimento e desenvolvimento econômico pois tal governo apoia via subsídios ou outros incentivos várias atividades que são importantes para a economia chilena. Um exemplo é o mercado de uvas que graças as pesquisas subsidiadas pelo governo tornaram o produto uma referência mundial. Outros produtos de origem florestal também são apoiados pelo governo desde a época do governo Pinochet, na década de 1980.
1.2 Programa social chileno
O programa Chile Solidário foi criado em 2002 e visa abordar a pobreza extrema a partir da combinação de dois itens: a instalação progressiva de um sistema de proteção social integral para as famílias em situação de pobreza e a atenção personalizada a essas mesmas famílias, a fim de integrá-las nas redes de serviços e programas dirigidos a elas. Com a combinação desses itens é esperado que famílias ao longo do tempo superem sua condição de extrema pobreza. O programa está divido em 7 categorias onde serão avaliados os avanços das famílias em cada uma das dimensões, a saber: identificação, saúde, educação, dinâmica familiar, habitação, trabalho e renda. As famílias ingressam no Chile Solidário através do programa puente, onde as famílias recebem um auxílio no valor de US$ 330 dólares mensais por até dois anos. Havendo o cumprimento das exigências do governo durante o programa puente, as famílias recebem um bônus de renda que tem duração de até 3 anos. Em síntese, as famílias ingressam no sistema através do programa puente nos dois primeiros anos. Durante a permanência neste programa, o sistema do Chile Solidário garante as famílias um conjunto de subsídios desde que eles cumpram com as exigências previstas. As famílias que cumprem com a totalidade do programa puente recebem um bônus com duração de até 3 anos além de outros convênios serem concedidos aos beneficiários (OECD, 2009).
1.3 Indicadores econômicos
No ano de 2013 o Chile atingiu a população total de 17.216.945 habitantes, sendo que deste total 15% vive abaixo da linha da pobreza. Em 2012 o PIB chileno foi avaliado em 325,8 bilhões de dólares, 60% e agricultura 4%. No mesmo ano seu PIB per capita em PPC atingiu o valor de 18.700 dólares. Os gastos em saúde e educação no ano de 2011 foram, respectivamente, 7,5% e 4,2% do PIB. Para o ano de 2012 foram registrados uma taxa de desemprego de cerca de 6,4% , taxa de inflação em 3% e um crescimento de 5,5% do PIB. Apesar de possuir uma forte relação com o comércio exterior, o Chile fechou a balança comercial em 2012 com déficit de 4 bilhões de dólares. Os índices de mortalidade e natalidade em 2013 são, respectivamente, 5,83 por mil habitantes e 14,82 por mil habitantes. O índice de Gini registrado em 2009 foi de 0,494; enquanto que o IDH para o ano de 2011 foi de 0,805.