domingo, 14 de agosto de 2011

Três interpretações sobre as causas da crise

O objetivo desse texto é mostrar, de forma resumida e simples, as três principais visões sobre as causas dessa crise que vem abalando os EUA.

A primeira interpretação é compartilhada pelas correntes tradicionais da economia. Eles se baseiam na questão da responsabilida de fiscal e problemas de risco moral, que são facilitadas pela ação regulatória do Estado, as políticas monetária frouxas causaria a irresponsabilidade de alguns agentes do mercado.

A segunda proposta é idealizada por autores de esquerda e marxistas. A crise seria causada fundamentalmente devido a estgnação dos salários e concentração de renda que, quando associados aos déficits comerciais e fiscais provocaria um aumento do endividamento das famílias e assim a demanda agregada diminuiria.

A terceira linha de pensamento baseia-se na tradição keynesiana apontando como uma das principais causas os problemas monetários, como a emissão de moeda para pagar o déficit público.
Eu, particularmente, acredito que as políticas monetárias frouxas (primeira interpretação), os déficits comerciais e fiscais (segunda visão) e o problema da ''senhoriagem''(emissão de papel moeda para saldar dívidas) seriam as principais causas dessa crise. Porém, cabe a cada um de nós avaliar a lógica de cada uma das visões e escolher aquela em que nosso raciocínio se encaixa melhor.

Abraço à todos.

Fonte: Jornal dos Economistas nº 264 de julho de 2011

Tipos de bancos

Bom dia pessoal,
Hoje vou falar um pouco dos tipos de instituições bancárias e suas funções no mercado financeiro.

Banco comercial - são os bancos mais comuns (Itaú, Banco do Brasil, etc.). As funções desses bancos são principalmentes estas: receber depósito à vista, possibilitar crédito de curto e médio prazo, tem capacidade de criar moeda e fazem operações de câmbio.

Banco de investimento - Tem como principal característica fazer empréstimos de médio e longo prazo e não recebem depósitos à vista. Também não abrem contas correntes e possuem um fundo de investimento para as pessoas aplicarem.

Bancos de desenvolvimento - normalmente são bancos públicos que fazem empréstimos de médio e longo prazo para investimentos (obras de infra-estrutura, por exemplo) do governo. Esses bancos são fundamentais para melhorar o desenvolvimento regional do país.

Bancos multiplos - são as instituições que operam duas ou mais funções citadas acima.

A ''saúde'' dos bancos é fundamental para que o sistema financeiro funcione de forma equilibrada. O mercado monetário depende muito de como os bancos e outras instituições não-bancárias estão de ''saúde''. E para fiscalizar esse sistema existe o Banco Central que possui várias funções, tais como:

1- Executor da política cambial;
2- Fiscalizar e intervir nas instituições financeiras;
3- Autoridade emissora de papel moeda.

Essas são só algumas funções do Bacen (Banco Central).

Abraço à todos.

domingo, 31 de julho de 2011

Análise da semana

Boa tarde para todos,
Trouxe uma notícia do site valoronline.com.br muito boa.
Vale a pena vocês darem uma conferida.
'' A semana não acaba para o mercado financeiro global que acompanha o embate entre republicanos e democratas em torno da elevação do limite de endividamento dos Estados Unidos. Embora improvável, é arriscado descartar a possibilidade de um acordo ser costurado antes da terça-feira – data a partir da qual o financiamento da dívida americana em mercado é tecnicamente interrompido. Sem acordo político e uma solução prática, fica caracterizado o default, capaz de virar as finanças internacionais de cabeça para baixo. O dólar, fragilizado no mundo, é o melhor termômetro do impasse.
No Brasil, o comportamento da moeda americana não é diferente. Tanto que a queda insistente do dólar levou o governo a ampliar sua intervenção, nesta semana, disparando uma medida provisória e um decreto para conter as apostas de valorização do real no mercado de derivativos cambiais.

A possibilidade de tributação de até 25% das posições líquidas vendidas em derivativos interrompeu uma sequência de quedas que levou a taxa de câmbio a novo recorde de baixa em 12 anos. O dólar reagiu à mobilização do governo e ganhou quase 2% em dois dias. Mas a reação parece momentânea. Hoje, o dólar devolveu a metade desse ganho.

Apenas nos próximos dias, governo e mercado terão indicação mais concreta do efetivo impacto das últimas medidas cambiais na taxa de câmbio. Por ora, prevalece a percepção de que a equipe econômica do governo Dilma apressou sua decisão de intervir nos derivativos cambiais na tentativa de antecipar-se a um agravamento da crise europeia. Dependendo da queda de braço entre o Executivo e o Congresso dos Estados Unidos, o governo brasileiro poderá provar que tinha razões de sobra para tentar conter a especulação no câmbio.''

domingo, 24 de julho de 2011

Dilma e o controle da inflação

Bom dia a todos,
Estava por ai lendo algumas notícias e encontrei essa e resolvi comentar algo sobre o superávit/deficit primário: ''Tão logo assumiu o governo, em janeiro, a presidente Dilma Rousseff definiu um roteiro  para a política econômica: buscar um “pouso suave” do nível de atividade econômica ao mesmo tempo que controla a inflação. Para isso, comprometeu-se com  uma meta fiscal de superávit primário que está sendo cumprida com folga, disse.''
Bom, vamos tentar entender um pouco o que é esse saldo primário do nosso país.
O saldo primário é o resultado das contas públicas, excluindo-se os juros. Esses recursos são usados para o pagamento dos juros e, quando superiores a eles, são usados para a quitação de parte das dívidas. Nesse caso, temos um exemplo de superávit nominal, o que tende a reduzir o montante da dívida pública.
Impostos, tributos e lucros de estatais são algumas das principais receitas públicas. O pagamento de salários, manutenção de prédios públicos, investimentos em infra-estrutura, juros e gastos de custeio são as principais despesas públicas. O resultado entre essas receitas e despesas nem sempre é positivo, levando o governo a cobrir a diferença via emissão de divisas ou de moeda.
A dívida pública, como qualquer empréstimo, gera obrigações de pagamento de juros, que variam de acordo com a modalidade contratada entre o credor e o devedor. Para o pagamento desses juros, o devedor pode contratar mais dívida, ampliando o estoque dessa no mercado (artifício denominado "Rolagem" da dívida), bem como emitir moeda (gerando pressão inflacionária) ou ainda conter as despesas de forma a obter resultado positivo. Nesse último caso, há o chamado superávit primário, que pode ser suficiente para cobrir todo o custo de juros referente à dívida do governo.
E como é calculado esse superávit primário?
Basicamente apuram-se todas as receitas não financeiras (ou seja, exceto aquelas provenientes de juros recebidos) e se subtrai desse total todas as despesas não financeiras. Um resultado positivo indica que houve superávit primário e, se negativo, houve déficit. Esse método é conhecido como "acima da linha" e, no Brasil, é calculado pelo Tesouro Nacional, mas apenas para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência social e Banco Central).
Eu acredito que para conter a inflação não há como não impactar a economia. Todas as medidas existente para controlar a inflação afetam, de algum modo, a economia do país.
O controle da inflação por meio de um superávit primário pode afetar negativamente a nossa economia. Basta analisarmos o que entra nas despesas principais do governo. Por exemplo, pagamentos de salários e investimentos em infra-estrutura. Se governo deseja manter superávit primário, ele terá que reduzir despesas. Vai chegar um ponto em que ocorrerá demissões e redução de investimentos. Portanto, esse ''pouso suave'' pode trazer muitos problemas para a  nossa economia. Não fiquem iludidos achando que só porque ocorreu superávit, o Brasil está no caminho certo.

Notícia retirada do site: www.valoronline.com.br

terça-feira, 19 de julho de 2011

A preocupação do FMI com a crise europeia

Olá amigos,
Trouxe hoje uma notíca que eu li no portal R7 e achei bem simples de se entender os riscos da crise europeia.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) fez um alerta nesta terça-feira dizendo que se não houver rapidez para se lidar com a crise econômica na Europa, ela pode ter graves consequências em todo o mundo.
Segundo o FMI, a zona do euro precisa tomar uma ação decisiva que impeça que a crise se espalhe para fora da Europa e que restaure a confiança no bloco.
O órgão deixou claro que países como Grécia, Irlanda e Portugal precisam se manter fiéis às medidas de austeridade adotadas. Os três países receberam pacotes de ajuda, parcialmente financiados pelo FMI.
A maioria das nações da zona do euro está, de acordo com o Fundo, passando por uma "sólida recuperação", mas o FMI alertou para o fato de isso estar distanciando os países mais fortes dos mais fracos. E essa tensão representa um risco "com possíveis implicações regionais e globais".
O FMI estima que 17 países do bloco vão ter um crescimento econômico de 2% neste ano – mais alto do que a previsão anterior, de maio -, mas essa expansão cairá para taxas de 1,7% em 2012, mais baixas do que a estimativa prévia, de 1,9%.
"A crise na periferia [da zona do euro] ainda não foi totalmente controlada. Os diretores [do órgão] acreditam que isso deve ser feito com urgência", disse Luc Everaert, do Departamento Europeu do FMI.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Moratória, concordata e falência

Boa noite a todos,
Venho hoje trazendo os conceitos sobre moratória, concordarta e falência.

Moratória - Dilatação de prazo concedida pelo credor ao devolver o pagamento de uma dívida. A moratória com relação ao direito internacional público,consiste no ato unilateral de um Estado declarar a suspensão do pagamento dos serviços da sua dívida externa. Quando falamos de direito tributário, a moratória é o prazo extraordinário concedido, por meio de Lei, para que a empresa parcele suas dívidas tributárias com o ''perdão'' de alguns encargos fiscais e legais.

Falência - é a situação jurídica em que a empresa não consegue cumprir com suas obrigações devido as suas despesas estarem maior que suas receitas e constatando que os sócios possam pagar a dívida da empresa com o seu patrimônio, este procedimento será iniciado por via judicial.

Concordata - é o recurso jurídico que é concedido para a empresa que possibilita a continuação do comércio daquela empresa mesmo que ela seja incapaz de pagar suas dívidas. Existem dois tipos de concordata:
a) preventiva - A concordata preventiva é um benefício cedido pelo Estado, através de sentença judicial, a comerciantes honestos que, por algum motivo, foram mal sucedidos em seus negócios. E, afim de evitar a falência, esse tipo de concordata facilita o pagamento aos credores, prolongando os prazos e etc...
b) suspensiva - tem como finalidade de suspender o processo de falência corrente, este instrumento possibilita ao devedor a chance de pagar seus credores, suspendendo o processo de quebra. Ou seja, é um meio do devedor restaurar sua empresa após o seu negócio ter sido declarado falido judicialmente.

Bom gente, acredito que seja mais ou menos isso ai que eu tinha para passar.
Grande abraços à todos.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Holdings, cartéis e trust's

Olá amigos,
Hoje venho trazer um assunto que sai um pouco do foco do blog, porém é fundamental entender um pouco desses sistemas.

Holdings - Basicamente Holding é uma empresa criada para participar de outras empresa como sócia ou acionista, passando a controlar a outra empresa. As Holding podem ser constituídas sob a forma de Sociedade Limitada ou Sociedade Por Ações de acordo com a conveniência de cada caso e o seu principal objetivo é controlar outras empresas.
Para que uma empresa seja considerada como Holding não basta que no seu contrato social, conste que ela pode participar como quotista ou acionista de outras empresas. Poderá ser considerada como Holding somente aquela que realmente participa e controla um grupo de empresas, se utilizando de sua estrutura econômico financeiro para tal.

Trust - União de empresas por meio da qual cada empresa participante perde a independência econômica ao ser submetida a uma direção única. É possível que venham a perder ou a ter diminuída a independência jurídica da qual tinham antes da união. Tipo de estrutura em que várias empresas, que já detêm a maior parte de um mercado, combinam-se ou fundem-se para assegurar esse controle, estabelecer preços elevados e garantir altas margens de lucro.

Cartel -   É qualquer tipo de acordo que pode ser feito entre os fabricantes de qualquer produto que for, ou seja combinar os preços, a área de atuação, margens de lucros, descontos, divisão de mercados de atuação e de clientes e etc. Geralmente o que mais indica a existência de um Cartel e o alinhamento do preço, podendo ele ser igual ou até mesmo com pouca diferença de valor, este tipo de pratica também é proibido em diversos países.

Fontes:
http://guiagratisblog.com/o-que-sao-trustes-e-carteis/
http://www.volpe.com.br/holding.htm
http://adonisw.tripod.com/conceitos2.htm 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O papel da Contabilidade na Economia

Resolvi escrever sobre isso após ver uma prova da ANPEC e observar que caíram muitas questões sobre balança de pagamentos e outras relacionadas a contabilização de dados dos países.
A contabilidae, em geral, serve para manter o controle de gastos e receitas, tanto para uma empresa, como para um país.
Uma contabilidade bem estruturada garante uma maior organização e uma melhor fiscalização contra possíveis fraudes.
A contabilidade Social avalia todas as transações entre residentes e não-residentes de um país. É ela que contabiliza os saldos da balança comercial de nosso país. A contabilidade social também contribui para a contabilização do PIB e outros indicadores de atividade econômica.
Podemos definir entao a Contabilidade Social como uma ferramenta que é muito utlizada na Economia e que serve para avaliar a atividade econômica de uma país em um determinado período.
Aqui no Brasil o IBGE é o grande chefe de toda essa contabilização de dados.
Lembrando que contabilidade social pode ser chamada também de contas nacionais.

Espero que vocês se dediquem bem nessa área pois ela é fundamental para quem deseja trabalhar com estatisticas nacionais e também para aqueles que querem fazer concursos.
Forte abraço.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Modelo Clássico e Modelo Keynesiano

Meus amigos,
Hoje eu quero trazer duas visões de modelos de economia: Modelo Clássico e o Keynesiano.
Algumas informações não serão dadas nas explicações abaixo, mas será possível entender a ideia básica dos modelos. Logo em seguida vou colocar uma notícia que estava lendo para que nós analisemos com base nas explicações abaixo. Então vamos ao trabalho.

Primeiro vamos definir o conceito de modelo econômico:
Os modelos são teorias simplificadas que demonstram as principais relações entre variáveis econômicas. As variáveis exógenas são aquelas oriundas de fora do modelo. As variáveis endógenas são aquelas que o modelo explica. O modelo mostra como variações nas variáveis exógenas afetam as variáveis endógenas. 

Modelo Clássico
O modelo clássico é derivado das ideias de vários economistas clássicos. Segundo ele, esse modelo é baseado nos pressupostos de que salários e preços devem se ajustar para que seja criado um equilíbrio de mercado. Além disso, para os clássicos a política monetária não influenciava as variáveis reais.
No modelo clássico, os preços são flexíveis, ou seja, dado uma variação na demanda o preço sobe ou desce e o nível de oferta se mantém. Esse modelo se basea na ideian da Lei de Say (oferta determina a demanda, por isso que um aumento ou redução de demanda não altera a oferta, mas sim o preço) e é um modelo de longo prazo.
Modelo Keynesiano
O modelo keynesiano trata os preços como sendo rígidos, ou seja, se a demanda variar a oferta é estimulada (Lei da demanda efetiva). Além disso, esse é um modelo de curto prazo e algumas correntes keynesianas acreditam que a política monetária pode sim afetar as variáveis reais, por exemplo, nível de emprego.
Bom pessoal, sabendo a ideia básica dos modelos, vamos à notícia retirada do portal R7.
''Rússia para de comprar carne bovina do Brasil momentaneamente. A Rússia, que é a maior compradora de carne do mundo, anunciou que não compra mais carne do Brasil por alguns meses por causa do não cumprimento de algumas exigências. Mas eles afirmam que assim que o Brasil se adequar aos padrões, tudo voltará ao normal.''
Pessoal, a pergunta que eu faço é a seguinte: o que é que acontece no mercado de carne, em termos de oferta, preço e demanda?
Podem analisar no longo prazo, curto prazo ou até mesmo em ambos. Fica a critério de vocês.
Abraços

sábado, 28 de maio de 2011

Os clubes brasileiros e suas dificuldade financeiras

Olá amigos,
Depois de ver uma final de liga dos campeões fui olhar meu acervo de jornais e revista e resolvi publicar um trecho de uma entrevista de Luiz Gonzaga Belluzzo.
Pergunta: Quais os principais problemas do setor de futebol brasileiro?
Resposta: Em primeiro lugar, a estrutura dos clubes brasileiros era totalmente amadora até os anos 30.
A partir do final dos anos 80, com a transformação profunda que sofreu o negócio do futebol, que tem muito a ver com a mundialização do esporte e a unificação dos mercados, os clubes brasileiros ficaram na condição de fornecedores, e com uma diferença de situação financeira muito grande em relação aos clubes europeus, porque os patrocínios e direitos de transmissão são aqui muito inferiores, por conta da diferença da situação econômica entre os países.
O que está havendo agora, sobretudo no último ano, é que os valores dos patrocínios estão aumentando bastante. A exceção são os direitos de transmissão, que cresceram bastante, mas não tanto quanto no resto do mundo. A diferença é que os clubes brasileiros acumulam dívidas bancárias, fiscais e trabalhistas do passado, que são um empecilho para estabilizar a sua situação econômica. Não há chance da situação dos clubes melhorar sem que se faça uma reestruturação das dívidas, e isso não vai ser feito pelo mercado privado. Teria que ser uma ação do poder público de ajudar na reestruturação das dívidas. Eles ajudaram em parte com a timemania, mas isso é muito pouco para o tamanho da dívida da maioria dos clubes. Mesmo que as receitas subam como estão subindo, fazer a situação financeira dos clubes ficar administravél depende muito dessa reestruturação. Sem ela, a tendência é que os problemas financeiros se acumulem.


Gente, eu num tenho nem o que falar simplesmente concordo com tudo que está escrito aí em cima.
Abraço a todos.


Fonte: Jornal dos Economistas, nº 251 de junho de 2010. pág 7

sábado, 21 de maio de 2011

Taxa Selic

Gente,
O que é essa taxa que agora ta sempre nos noticiários?
Vamos la.
A taxa Selic é a básica de juros de um país, ou seja, é ela que regula, praticamente, todas as outras taxas que tem no país. Quem determina essa taxa é o banco central do país a partir de estudos e levantamentos sobre o mercado financeiro. A taxa Selic remunera aqueles que compram títulos da dívida pública de um país, o Brasil, por exemplo. Aqui no Brasil, a taxa está em torno dos 12%. O que significa que se você comprar títulos da dívida do brasil receberá como juros 12%.
É claro que comprar títulos da dívida de um país não é tão simples assim. Geralmente quem compra esses títulos são os bancos.
Uma das consequências de uma taxa Selic alta é que o empréstimo para empresas e até mesmo para pessoas físicas fica mais caro. Imaginem o seguinte: com uma taxa alta como a nossa os bancos pegam o dinheiro que eles têm e compram títulos. Qual o resultado disso?
Ocorrerá uma redução na oferta de empréstimos para as empresas que continuam demandando a mesma quantidade de empréstimos e isso provoca um aumento na taxa de juros para que menos empresas tenham acesso ao crédito. Faz sentido isso né?! Uma aplicação bem básica sobre oferta e demanda: pouca oferta e muita demanda faz o preço subir(nesse caso a taxa Selic é preço de se obter um título).

Um abraço para todos os leitores

terça-feira, 17 de maio de 2011

Reforma tributária

Pessoal,
Foi muito difícil escrever sobre este assunto porque envolve muito mais coisas que eu imaginava. Mas vou tentar passar para vocês o que entendo sobre esse tema.
Toda vez que entra um novo governo e se renova o congresso, falam em reforma tributária.
Existem muitos problemas que impedem essa reforma.
A carga tributária no Brasil, em 2008, era de 36%, segundo estudos feitos pela Receita Federal. Todos podem imaginar que o maior problema é a elevada carga de tributos, mas na verdade esse é só um dos problemas. Vamos analisar alguns dados:
Desses 36%, a União(Governo Federal), detem 24,9%; os estados, 9,2%; e os municípios1,8%. Acho que agora fica claro o maior problema: a distribuição dos tributos é feita de forma centralizada, ou seja, não há distribuição. O que ocorre é uma divisão muito mal feita das arrecadações.
Outros países como a Alemanha, que possui uma carga de tributos de 37%, distribuem melhor esses impostos e isso facilita o desenvolvimento das regiões.
Outro grande problema é a questão dos tributos estaduais. No passado, os estados financiavam seus gastos via inflação. Agora, eles estão financiando seus gastos através dos tributos. Toda vez que os gastos do estado aumenta, os tributos estaduais se elevam.
Então, caso haja um reforma tributária não se iludam achando que a carga tributária irá cair consideravelmente. Irá ocorrer uma redução sim, porém nada que seja tão radical.
O certo a ser feito talvez fosse uma melhor distribuição das arrecadações, a União poderia repassar mais para municípios e cobrar dos estados, um controle maior dos seus gastos. Mas está aí o grande o problema: será que a União está disposta a ''perder'' uma parte de sua arrecadação para que ocorra um melhor desenvolvimento econômico regional?

Meus amigos, era isso que tinha para comentar com vocês. Não sou um especialista em tributos, mas a ideia básica é essa e espero que gostem e comentem.
Grande abraço a todos.

sábado, 14 de maio de 2011

Inflação

Um dos assuntos mais comentados nessas últimas semanas. Então resolvi comentar um pouco sobre a inflação, mas antes eu achei melhor explicar o que é inflação e quais são os tipos de inflação.
Inflação nada mais é do que a alta generalizada dos preços e o impacto desse aumento nos preços nas pessoas variam de acordo com seu consumo, renda, etc.
Basicamente a inflação se dá por 4 maneiras:

1- Inflação de demanda - ela ocorre devido a um desequilíbrio entre oferta e demanda, onde a demanda é superior a oferta. Imagine lojas que vendam video game. Vamos imaginar que muitas pessoas comecem a querer comprar video game. Como a oferta não pode aumentar tão rápido a curto prazo, o dono da loja é obrigado a elevar os preços para que menos pessoas tenham acesso a compra e isso gera inflação.
2- Inflação de custos - gente, o próprio nome já diz. Quando aumenta os custos na produção de algum produto o produtor repassa esse aumento para o consumidor final (nós).
3- Inflação estrutural - essa inflação é um pouco mais séria pois está relacionada as estruturas do país.Se um país possui ineficiência nos serviços que fornecem, isso pode gerar um aumento nos preços de alguns produtos. As estradas, por exemplo, se elas estão em condições ruins os custos do transporte irão aumentar e isso gera um aumento de preços para o consumidor final.
4- Inflação inercial - esse tipo de inflação atrela os preços do presente à inflação passada, ou seja, se no ano passado o seu aluguel era de X, esse ano seu aluguel vai ser X + inflação do ano passado
e assim por diante.

Esses são os principais tipos de inflação que podem ocorrer. Espero que gostem.
Abraço a todos os leitores.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Preço do alcool e da gasolina deve cair

Caros amigos,
Hoje venho aqui falar de um assunto um tanto quanto dificil de se explicar. Porém,
não vamos entrar aqui em detalhes de mercados se não a análise ficará complexa demais. O objetivo desse post é fazer uma aplicação básica sobre oferta e demanda.
Então, vamos ao trabalho.
O Sindicom¹ (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes) fez uma previsão que o preço da gasolina e do alcool irão cair em até $1,00 real ainda esta semana nos grandes centros. Isso se deve a nova safra da cana-de-açúcar, que irá normalizar os estoques desses combustíveis pois a última safra da cana foi curta.
Minha gente, o que podemos perceber nessas informações citadas acima?
É bem simples. Como a última safra de cana foi curta, a oferta de desse produto foi pequena o que afetou diretamente os preços da gasolina e do alcool. Afinal, a demanda por combustível permaneceu a mesma e como houve uma redução de oferta da cana-de-açúcar, a oferta de gasolina e alcool se reduziu também. E agora o que pode ser feito para manter o equilíbrio?
A solução é aumentar o preço do combustível pois aumentando o preço a demanda diminui devido a menos pessoas (ou seja, aqueles tem uma renda menor) terem condição a comprar aquele combustível. Com essa nova safra os estoques foram normalizados(com a safra menor, a oferta estava baixa), ou seja, a oferta aumentou. E com isso o preço deve cair, como o Sindicom previu, para a voltar o equilíbrio entre oferta e demanda.
Essa foi uma aplicação básica sobre oferta e demanda. Fico aguardando os comentários.
Grande abraço a todos.

¹ Dados retirados do portal R7.com

terça-feira, 10 de maio de 2011

Crescimento econômico na era Lula¹

Pessoal,
Parece que foi ontem que o Lula deixou o a presidência. Todas aquelas pessoas assistindo a saída dele e se emocionando. Realmente, foi muito bonito. Mas, está na hora de fazermos uma pequena análise da nossa sociedade, ou seja, saber como ela ficou após o seus dois mandatos.
O nosso país possui o segundo maior PIB da América, caracterizando um sétimo lugar no ranking de potências mundiais. Nossos empresários estão cada vez mais participativos âmbito mundial (só para citar uma participação: recentemente empresários brasileiros adquiriram a rede de fast-food Burger King). Ainda falando de coisa boa, podemos citar o nosso PIB per capita, que atingiu 19 mil reais/ano.
Agora, vamos analisar o outro lado da moeda.
Todos nós sabemos que nesse período ocorreu um grande crescimento da classe C e isso explica o por quê que a ''pobreza'' reduziu. A pobreza reduziu, isto é fato. Porém o que não pode ser deixado de lado é a questão da desigualdade social. Não precisa ser nenhum economista formado para enxergar o que eu quero dizer. Podemos constatar que o poder de compra dos mais pobres está maior, porém a dimensão ainda é pequena quando comparado ao poder de comprar dos mais ricos. É como se parecesse que o poder de compra dos mais pobres crescesse em P.A., enquanto que a dos mais ricos crescesse em P.G.. O que estou tentando mostrar é que ocorreu um aumenteo na distância entre os mais ricos e a classe média.
Entre outros aspectos, foram esses que mais me chamaram a atenção. Ao meu ver diminuir somente a pobreza somente dificultou uma possível ascensão de uma classe para outra pois as famílias vão ter que se esforçar cada vez mais para atingir o patamar da classe acima.
Espero que gostem deste tópico e fico aguardando os comentários.
Grande abraço a todos.

¹ Texto escrito com base nas informações do Jornal dos Economistas (nº 261 de abril de 2011 p. 5 e 6)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O básico sobre oferta e demanda

Meus amigos,
Antes de iniciarmos qualquer debate, precisamos saber alguns conceitos sobre oferta e demanda.
Oferta é toda quantidade oferecida de algum bem ou serviço. Imagine uma fábrica de biscoitos. Vamos supor que ela produza 100 biscoitos, ou seja, a quantidade ofertada de biscoitos é 100.
A demanda é a procura por algum bem ou serviço. Imagine que uma pessoa esteja querendo comprar biscoitos. Ela vai até a fábrica de biscoitos e nota que a oferta é 100, porém a pessoa demanda apenas 15 biscoito. Logo, se existisse apenas essa pessoa na cidade, ocorreria um excesso de oferta.
Como notamos, oferta e demanda interagem de forma bem lógica, não só nesse exemplo, mas em toda as áreas da nossa economia.
O equilíbrio de mercado será dado por ajustes na oferta ou na demanda ou em ambas simultaneamente.
Visto isso, já podemos entrar em um debate um pouquinho mais complexo. Aguardem o próximo post.
Grande abraço a todos.

domingo, 8 de maio de 2011

O que é Economia e para que ela serve?

Caros amigos,
Como essa é a minha primeira postagem, resolvi começar do início. Então, nada melhor do que começar perguntando para que serve a economia. Para que precisamos saber de Economia na nossa vida?
Minha gente, antes de explicar e dizer para que serve a Economia eu gostaria que vocês disessem o que acham da Economia.
Forte abraço a todos.