quarta-feira, 6 de junho de 2012

Karl Marx e a MAIS-VALIA

Hoje venho trazendo mais algumas ideias do Marx, dessa vez é a questão da Mais-Valia.


CIRCULAÇÃO SIMPLES DE MERCADORIAS E CIRCULAÇÃO CAPITALISTA
Karl Marx se preocupou também em explicar a natureza histórica e social do capital como fonte dos lucros. Marx explicava que, em uma sociedade  não-capitalista, a produção de mercadorias tinha como objetivo a obtenção de outras mercadorias para uso. O esquema proposto para figurar isto era: M-D-M, onde mercadoria se transforma em dinheiro para, novamente, tornar-se mercadoria.
Já no sistema capitalista há outro esquema, no qual o início se dá com o dinheiro. O mesmo se transforma em mercadoria para, no final, transformar-se em dinheiro (D-M-D). Porém, Marx conclui que a intensão não era que a troca terminasse com a mesma quantia em dinheiro, mas que se vendesse mais caro a fim de obter o lucro. Sendo assim, chega-se ao processo descrito da seguinte forma: D-M-D´, onde D´>D.
 MAIS-VALIA, TROCA E A ESFERA DA CIRCULAÇÃO
Para Marx, a diferença entre D´ e D era a chamada mais-valia. Ele afirmava que o que movia os interesses de uma sociedade capitalista era o valor de troca e não o de uso. Portanto, buscava-se multiplicar o valor inicial a partir de processos de troca com obtenção de lucro.
Porém, Marx percebe que a característica principal do capitalismo, ou seja, a mais-valia, não poderia ser encontrada na esfera da circulação pois isto não geraria valor líquido algum. Ele explica que quando a mercadoria é trocada por valores equivalentes, ou seja, o próprio valor da mercadoria (sem acréscimos ou decréscimos) não há mais-valia alguma. E, quando a mercadoria fosse trocada acima ou abaixo de seu valor, também não seria gerado qualquer aumento líquido de mais-valia, pois o ganho de um (comprador ou vendedor) seria idêntico à perda do outro.
Sendo assim, Marx passa a voltar sua atenção para a esfera da produção. “Assim, deixamos de lado, por algum tempo, essa esfera complicada (da circulação), na qual tudo acontece à superfície e à vista de todos, e... entramos na área oculta da produção[...]” (HUNT, 2005, p. 204).

sexta-feira, 1 de junho de 2012

PIB e o crescimento da economia

O PIB do nosso país fechou esse primeiro trimestre com uma pequena alta (0,2 %) de acordo com o IBGE.
Isso não significa que é um péssimo resultado, pois as economias estão desaceleração; a China vem passando por uma queda na produção industrial, sem falar da crise europeia.
Mas o que deve ser feito pelo agentes econômicos perante esse resultado do PIB é ficar de "antenas ligadas" com o que pode acontecer em nossa economia.
É muito provável que a geração de emprego seja reduzida pois não houve aumento significativo da produção e, portanto, não há possibilidade de ampliar exponencialmente as vagas de emprego.
Os salários (Salário Real) podem se manter constantes ou até mesmo diminuir pois como está ocorrendo um pequeno crescimento o ganho de renda também será menor.
Como o crescimento da produção de bens e serviços foi pequena e o governo vem estimulando uma redução de taxa de juros pode ocorrer um aumento da inflação porque mais famílias estão indo as compras com essa redução de juros e, portanto, pressionando os preços dos produtos para cima.

"Para os especialistas, apesar das medidas que o governo vem tomando para estimular o consumo, com o corte de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e redução da taxa básica de juros, os brasileiros devem evitar as dívidas.
Para a professora do IBRE-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) Silvia Matos, aumenta o risco de perder o emprego, e por isso o consumidor deve ter mais cautela na hora de ir às compras ou pedir empréstimo.
O ganho de renda observado no ano passado será menor neste ano. O consumidor deve tentar sanar suas contas, diz Silvia Matos.
A professora sugere que o consumidor aproveite as constantes reduções de juros que os bancos têm feito para pedir empréstimos mais baratos e tentar acabar com as dívidas.
Ainda assim, para Caio Torralvo, da FIA, quem precisar pedir empréstimo deve optar por prazos mais curtos." (www.uol.com.br/economia)