Hoje escrevi uma resenha sobre um artigo da revista Veja que saiu em uma edição de abril do mês passado.
O autor indaga o leitor a refletir a questão da
tributação em nosso país. Nóbrega afirma que nenhuma empresa paga tributo algum
e que, na verdade, elas apenas são responsáveis pelo recolhimento. O que ocorre
aqui no Brasil é que alguns impostos acabam se misturando no custos de
produção, reduzindo a competitividade das empresas.
Outra questão levantada é a complexidade da carga
tributária: “O problema não é o tamanho da carga tributária, mas sua enorme
complexidade, decorrente do cipoal de normas dispersas, confusas, irracionais.
Para cumpri-las, as empresas brasileiras gastam 2.600” (Nóbrega, 2012, p. 30).
Esse trecho evidencia que, talvez, se nossa
tributação fosse mais clara e simples de se entender, ocorreia uma maior
eficiência nos impostos cobrados.
Para Nóbrega é quase impossível a redução da carga
tributária visto que seu tamanho é consequência do nível de despesas
obrigatórias com educação, saúde, etc., por isso “ a quase impossibilidade de
diminuir o peso dos tributos recomenda que se mobilizem a opinião pública e a
classe política em prol da simplificação do sistema tributário, particularmente
do seu mais complexo e ineficiente imposto, ICMS” (Nóbrega, 2012, p. 30).
A eficiência dos impostos é o ponto chave para
resolver a questão tributária no Brasil e para mostrar tal eficiência Nóbrega
apresenta o resultado de uma pesquisa feita pelo professor Peter Lindert, da
Universidade da Califórnia em Davis. Esse estudo fez um comparativo entre o
sistema americano e o sueco. Embora a carga tributária americana seja menor que
a dos suecos, o sistema da Suécia é mais eficiente. Para Lindert, a
superioridade do sistema sueco é dada pela maneira de tributar o consumo, se
baseando no método do valor agregado. Já o sistema americano tributa o consumo
mediante um imposto no varejo, o sale tax, que é simples apenas na aparência.
Enfim, o Brasil pode superar esses entraves que
ocorrem na tributação e utilizar o método de tributação pelo valor agregado
pode ser considerado um passo importante, que já foi tomado. A próxima etapa é
resolver a questão do ICMS – que como Nóbrega diz “é o cerne do manicômio
tributário” – sendo este passo um problema mais político que econômico.
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